Comissão CRC nas Escolas realiza reunião para discutir a percepção dos alunos do ensino médio sobre o curso de Ciências Contábeis
No sábado (19), a Comissão CRC nas Escolas se reuniu com o principal objetivo de identificar a percepção dos alunos do ensino médio no que se refere ao ensino superior, e principalmente com relação ao que se refere ao curso de Ciências Contábeis.
A contadora Alexandra Alencar Siebra, presidenta da Comissão, conta que durante a ocasião foi discutido que existe um estereótipo de que os jovens não querem mais estudar. “Na verdade, eles querem, só que de outra forma, eles desejam ser inseridos no mercado de trabalho numa perspectiva muito mais tecnológica, muito mais aplicada”, explica Alexandra.
Alexandra relata que o governo tem intencionado cada vez mais trazer os alunos do ensino médio para as ciências sociais mais aplicadas, para disponibilizar o conhecimento financeiro e patrimonial. Nessa vertente, é possível inserir o profissional de contabilidade para ele auxiliar o governo nessa premissa do novo ensino médio, auxiliando as empresas, familiares e também os jovens a entender o que a contabilidade é capaz de proporcionar.
Na oportunidade também foi discutido sobre a imagem que o senso comum tem sobre a profissão contábil, “O senso geral é que as pessoas conseguem perceber esse profissional como aquele que trabalha para atender as obrigações acessórias, determinadas pelo governo, e muitas vezes esquecem que o contador é um cientista de dados patrimonial e financeiro”, discorre.
Também se debateu, segundo a Federação Internacional de Contabilidade, as principais habilidades do profissional contábil e os principais objetivos para alavancar a sua reputação frente à sociedade 5.0 ,“O profissional da contabilidade pode auxiliar nos esclarecimentos necessários sobre regulamentação diversa. E, e no que tange à credibilidade das organizações, se configura como um protetor da marca, podendo inclusive auxiliar as empresas no combate à fraude e a corrupção. Destacou-se ser o contador(a) capaz, também, de auxiliar gestores nas tomadas de decisão no que se refere aos objetivos de desenvolvimento sustentável, para utilização do património de forma assertiva. Dessa forma, é capaz de impulsionar a vantagem competitiva das organizações, ao fornecer informações que apoiem as decisões, seja no planejamento estratégico de curto e longo prazo, ao executar os seus propósitos ou na implementação dos seus modelos de negócios”, pontua.
Por fim, cada membro se pronunciou sobre tópicos discutidos: a professora e contadora, Luciene Santos, ressaltou que o trabalho realizado nas escolas de Sobral foi exitoso, ao ponto de muitos alunos escolherem a contabilidade como profissão, a contadora destacou ainda o trabalho que realiza com o Governo e empresas, como a Grendene, geram credibilidade para alunos no momento de contratação.
O contador Samuel Castelo destacou que o trabalho a ser realizado deve perpassar pela forma como o Fisco atua e responde ao trabalho do profissional contábil. Destarte, faz-se necessário, pensar em uma política de atuação do CRCCE para os próximos anos, atuando de forma disruptiva e inovadora, como destacado em campanha e desejado pela classe, para que futuros classistas possam ser envolvidos nos planos de valorização da identidade do profissional, e que saibam como ir além das obrigações fiscais e trabalhistas.
A contadora Marta Chaves chamou a atenção para que se busque entender quem é o aluno do ensino médio de hoje e o que eles querem. Asseverou que as Comissões devem trabalhar de forma conjunta, haja vista entender que haverá resistência de algumas IES no que tange à mudança do que se ensina e como se ensina.
O contador Filipe Lima deu seu depoimento sobre visitas em escolas em nome do NAF, e como muitos dos interessados eram, em sua maioria, filhos de profissionais da contabilidade. Destacou que outros, que não estavam familiarizados com a profissão, ao se aproximarem passavam a ter um maior esclarecimento da prática contábil e de sua amplitude, sendo portanto, em seu entendimento, necessário comunicar, principalmente por plataformas digitais, o que é ser contador(a).
A contadora e vice-presidente, Welynadia Rodrigues, observou que não se trata de convencer os alunos a cursar Ciências Contábeis, mas destacar o valor da sua atuação para que todos aqueles que no futuro precisarem de seus serviços, o valorizem. Ressaltou ainda a necessidade de se reunir com outras Comissões que tenham como foco a educação, seja nas universidades, empresas ou no próprio Conselho, para se definir uma linha de atuação coletiva, baseada nos mesmos princípios.
A contadora Roselene Ponte falou sobre a importância de promover encontros dessa natureza para impulsionar o avanço desejado na mudança de percepção sobre o que um contador é capaz de realizar, e citou sua experiência em sala ao receber alunos de outros cursos interessados em contábeis após ter acesso às diversas linhas de atuação.
Já a contadora Lahis Santos ressaltou ser extremamente importante estar nas faculdades para que todos os profissionais conheçam as oportunidades que a profissão apresenta e que muitos desistem do curso pelas atividades extremamente técnicas e repetitivas.
A presidente concluiu informando que após amplo debate a Comissão decidiu promover um encontro com outras Comissões que tenham interesse em comum. E na próxima reunião, em março, serão estabelecidas quais serão as células de atuação dentro das possibilidades de cada um dos membros.