Contadores discutirão transparência em Fortaleza

 

MartonioO 20º Congresso Brasileiro de Contabilidade – CBC, programado para o período de 11 a 14 de setembro de 2016, em Fortaleza-CE espera reunir mais de 10 mil profissionais, estudantes e empresários da Contabilidade, para discutir transparência, parâmetros e rumos da profissão que hoje está entre as mais valorizadas do País.

O evento será realizado pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC, que mantém em sua base cerca de 530 mil profissionais atuantes no Brasil, diz José Martônio Alves Coelho, presidente da Entidade.

À Revista Dedução, o Contador fala sobre o papel do profissional da Contabilidade na transparência das contas públicas, de empresas e de campanhas políticas.

O que o CFC tem feito para que a Contabilidade seja mais transparente nos serviços públicos?

Uma das medidas adotadas nesta nova gestão à frente do CFC, iniciada em janeiro último, instituímos uma nova vice-presidência, voltada às questões político-institucional. O objetivo desta iniciativa é fazer com que o sistema contábil brasileiro se aproxime dos poderes constituídos. Recentemente, em uma das primeiras tratativas de nossa vice-presidência Institucional, verificamos junto ao Tribunal Superior Eleitoral, a possibilidade do Conselho Federal ter um assento no grupo de trabalho de análise permanente dentro do TSE.  Ouvimos da boca do próprio ministro Gilmar Mendes, que assumirá a presidência do Tribunal em maio próximo, que ele quer contar com a colaboração do Sistema Contábil Brasileiro nas questões atinentes à Contabilidade das campanhas eleitorais.

Como se dará a contribuição para a transparência das contas públicas nas eleições?

Por norma do próprio Tribunal Superior Eleitoral, a figura do profissional da Contabilidade em todo o processo eletivo é obrigatória. O acompanhamento acontece desde o momento que a pessoa se candidata e o partido se registra até a prestação das contas finais da campanha. Visando contribuir para uma eficaz atuação dos profissionais da Contabilidade já nas próximas eleições, estamos reeditando uma cartilha de orientação, juntamente com o TSE, que deverá ser publicada nos próximos dois meses.

A transparência também é o lema do 20º CBC, o que o Sr espera de resultados práticos sobre o tema no evento?

Sim, “Transparência para o Controle Social” é o nosso grande tema, no qual esperamos transmitir aos mais de 10 mil profissionais esperados no evento, os conceitos e a importância da seriedade com o dinheiro público e também mostrar o fundamental papel da Contabilidade para o saneamento e a boa administração das contas públicas. Por isso convido a todos os profissionais para se inscreverem porque este será um momento de congraçamento, contato com as novidades do mercado, que serão apresentadas na maior feira de negócios de todos os congressos, e também de informação e conhecimento dos rumos e tendências da Contabilidade no Brasil. Estarão presentes todos os presidentes das maiores entidades da Contabilidade do mundo: a presidente da Ifac, os presidentes do Iasb, Glenif, AIC, Cilea e OCC, de Portugal.  Até o momento já temos mais de cinco mil profissionais inscritos. E a nossa meta é atingir ou superar os 10 mil.

 

Martônio esteve em São Paulo, no dia 29 de fevereiro, participando das comemorações dos 15 anos de fundação da BDO RCS e do anúncio de sua fusão com a Baker Tilly no Brasil.

O que está fusão representa para o setor de Auditoria e Contabilidade no País?

Quero primeiramente parabenizar a BDO RCS pelos seus 15 anos de atuação e pela fusão com a Baker Tilly.  Essa união traduz o esforço conjunto empreendido pelos gestores de ambas as entidades no sentido de promover a diversificação e a crescente melhoria na prestação dos serviços aliados à Contabilidade e à auditoria.

Qual o papel do trabalho de auditoria para as empresas brasileiras?

Este é um trabalho calcado nos padrões da responsabilidade, ética, na transparência e integridade dos registros contábeis. Tais ações têm-se tornado responsáveis pela admiração crescente da classe contábil brasileira e pelo respeito das entidades nacionais. O trabalho do auditor é fundamental para a disseminação das boas práticas corporativas.

(Do: www.deducao.com.br)